segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mãe, te amo!

Ultimamente passamos por muitas juntas. Aliás desde sempre. Não consigo me lembrar, mas sei que eu já a amava desde quando minha morada era o seu ventre. Mas lembro perfeitamente de como seu colo era o lugar mais confortável para aliviar as minhas dores ( eainda o é) e como o seu olhar me dizia que ela pedia a Deus para que o que fosse dor em mim, se transmitisse para ela. Como o seu amor conseguiu fazer da minha infância uma época que deixaria saudades, mesmo com todos os problemas que já existiam e que ela sempre me poupou. Ela é quem me ama incondicionalmente e sabe conviver com os meus erros, com as minhas falhas e todos meus defeitos. Ela que não me reprime mesmo nos meus erros mais graves e que me ensina sempre através do amor. Quem tem a maneira mais bela de me admirar, que chora junto comigo se for preciso e vibra comigo as minhas vitórias. Minha mãe, minha Vida, meu Grande e mais Sincero Amor. É por ela que eu sonho em me tornar uma pessoa melhor. É o pedaço de mim, que nunca se enfraquece e tudo que passamos juntas, se torna mais aceitável. E eu tenho a mais completa certeza de que sem ela, nada disso faria sentido.Se eu pudesse descrever o significado de uma Mãe, ela seria a tradução mais perfeita. Alguém que sempre foi minha melhor amiga, que confia em mim, acredita nos meus sonhos e nos caminhos que penso em trilhar. Que sabe perfeitamente que ser Mãe não é só reclamar quando se está errado e querer os melhores caminhos é saber como ensinar a resolver os problemas e não me fazer acreditar que eles podem ser inexistentes. É ela que está aqui do lado de dentro de mim, dentro do meu coração me acompanhando em tudo; e do lado de fora também; que sabe utilizar a Vida para me mostrar o que é o Amor, o que é Perdão, o que é Responsabilidade, Humildade, Sinceridade. Ela que me ensinou a sonhar com honestidade para que eu pudesse me tornar digna dos meus sonhos. Que está sempre pronta a me ouvir e faz de tudo pra tentar me entender.
A verdadeira tradução do que é o Amor.
Um amor puro, que sabe perfeitamente que pode vencer todas as barreiras. Minha mãe, minha Vida. A mulher que mais admiro nessa vida. Que ouve os meus conselhos, como se os seus 30 anos de experiência a mais do que eu, não significassem nada! É ela, quem dá sentido a tudo que faço e tudo que quero realizar. É com ela que converso, como se estivesse falando comigo mesma; quem está ao meu lado mesmo nos momentos de maior solidão. Principalmente nas minhas maiores tristezas. Quando estou feliz, ela vibra junto comigo, mas não vê o menor problema em sorrir sozinha enquanto eu, ingrata, estou sorrindo ao lado dos amigos, meus presentes de Deus. Ela que sempre diz, que os filhos foram feitos para o mundo; mas ela é quem mais sabe que nunca vai me perder pra ele. De menininha que não dormia sem a sua companhia, me tornei uma mulher independente. Que sabe o que quer, por onde pisa; por mais que a vida arme algumas armadilhas inescapáveis. E isso, devo a ela. Caio, mas levanto sempre. E quando olho pra cima ou para o lado, onde quer que seja, é ela quem está ali, me dando a mão e me dizendo: Coragem minha Filha, a vida é isso mesmo. Por mais que estejamos separadas ficiamente a quilômetros de distância, eu consigo ouvir a sua voz, que silenciosamente vem me dizer que nada é tão dificil quanto parece e que sou forte o suficiente. E aí entendo que sou mesmo. E essa força vem do nosso amor que me guia e faz de mim essa eterna menina cheia de sonhos e fantasias; e principalmente, uma mulher decidida que teve sempre em quem se espelhar.
Te amo Mãe!
(Monique Santana de Oliveira)

sábado, 27 de junho de 2009

Apenas um dos males...

Ja tem um tempinho que estou tentando escrever sobre uma coisa que vem martelando na minha cabeça, mas sempre que tento expressar, me faltam as palavras. Não sei se porque não sei mesmo nomear o que sinto, ou se porque eu talvez nem sinta, só pense a respeito!
Sempre travo nessa parte do texto, e aí parei um pouquinho e fui visitar alguns blogs! Agora que estou de volta, já sei o que tanto me inquieta... Li algo sobre solidão, sobre as suas consequencias, suas expressões... E pensei: É isso! Lembrei do que Renato Russo ja dizia no século passado: "O mal do século é a Solidão." Ele tinha toda razão! E o mal desse nosso século ainda é a solidão. É ela que tanto me incomoda e me aflige. Mas agora eu sei que não a sinto... Realmente só penso a respeito. Mas de alguma forma, por vezes até bruta e desumana, ela vem a me afetar. E com certeza, não só a mim. A solidão, aliada a tantos outros sentimentos é que faz os contornos desse nosso mundo. Me limito a falar apenas dela, sem querer cupá-la por tudo, mas...É a solidão quem leva um irmão, um pai, uma mãe, um filho ou filha, um amigo ou amiga numa esquina qualquer da vida. É a solidão que deixa os presídios cada vez mais super lotados. Ela que deixa os corações cada vez mais vazios, retirando ou afastando pra bem longe o que é amor, esperança, gratidão, caridade, humildade. É ela que faz com que as pessoas procurem companhia cada vez mais no álcool, e em todos esses tipos de drogas com nomes variados e efeitos semelhantes. Longe de tentar acusar essas pessoas ou dizer, que elas são culpadas, pelos caminhos que acabaram trilhando. É facil viver na comodidade de ter um trabalho, uma familia, uma rede de amigos fantastica, um traballho; ter em quem pensar, saber por onde se quer andar e conseguir realizar os nossos sonhos, tantas vezes tão egoístas e individualistas. Mas que mal tem nisso? Sonhar agora é pecado? Nunca foi... Mas e quem não tem nada disso? E quem olha para o lado e ve como a vida foi cruel, levando pais, amigos, fechando as portas para o amor, para o sonho de ser pai ou mãe, e precisa se contentar com o pouco que a vida lhe deu... As vezes, sobra dinheiro e ai, é que se percebe como que por si só, ele não é suficiente. Outras vezes, falta dinheiro, mas não falta quem te dê a mão e quem te mostre a grandiosidade de um abraço, de um sorriso. Mas as vezes, a falta brusca desse mesmo dinheiro, que traz a fome, a doença, as lágrimas, a tristeza e retira o sorriso dos lábios de uma criança, é ela que isnpira mais uma vez a solidão. Mas esta, é uma solidão diferente, que nasce no coração daqueles que de alguma maneira e por inúmeros motivos (Nossa História que o diga), foi privado de ter uma vida digna e de todos os direitos que estão lá, bonitinhos na Declaração Universal dos Direitos Humanos... Será que tem algo realmente universal nessa vida?! Direitos, então? Estão aí para alguns poucos. E a gente pode até pensar: E o que é que eu tenho a ver com isso?! Infelizmente, muitos precisarão ser vítimas dessa solidão alheia (não só solidão), para entender "a parte que lhe cabe neste latifúndio"... "O mal do século é a solidão." E mesmo que você seja a pessoa que tem mais companhia nessa vida, esse mal te afeta também.
Monique Santana de Oliveira.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Para os erros, o perdão?

Hoje, parei pra pensar na minha Vida e ate tentei imaginar como seria, se ela fosse construída sem erros. Erros meus, erros seus, erros nossos. Por um momento, eu achei que ela seria fantástica! É tão fácil aceitar que quem a gente ama só nos faz feliz, que faz tudo certinho, que não pisa na bola e tá sempre ali do nosso lado! Na verdade, é bem fácil amar assim. Difícil é quando a gente percebe que Shakspeare tinha toda razão quando dizia que até as melhores pessoas irão errar... E precisamos aprender a perdoá-las por isso!! De todas as coisas que aprendi, ao me apaixonar por Cristo, Braço Forte, a mais dificil de todas elas, foi aprender a perdoar. Porém, a mais bela... Meu coração não quer permitir que as pessoas que eu tanto amo nessa vida saiam dele, por conta dos erros que elas cometem! Porque quem não erra? Por isso, aprendi o valor de um perdão e como ele pode transformar os dias tristes e vazios, pensando naquilo que me fizeram de ruim, em dias de felicidade ao lado da mesma pessoa, quando descubro que meu amor não diminui só porque as pessoas erram. Muito pelo contrário! Só quando aceito uma pessoa com todos os seus defeitos é que posso medir o tamanho do meu amor. É que posso perceber, que eu estou cercada de seres imperfeitos (como eu) e esperar que eles me agradem sempre, é pedir demais. Existem erros que são imperdoáveis? Talvez não exista amor suficiente...No entanto, eu também erro. E erro feio, piso na bola, com muita gente. Mas nem sempre encontro quem vai me perdoar por isso! Mas não me atrevo a duvidar do amor de quem simplesmente prefere deixar de existir na minha vida... De quem ver passar o meu aniversário e não me dar sequer um abraço, nem que seja virtual. De quem não está mais ao meu lado para me confortar com um abraço ou com um simples "Bom dia"... De quem não se alegra mais com as minhas alegrias, nem muito menos se entristece com as minhas tristezas... E me impede de fazer isso por elas também!! E faz com que eu sinta que os meus erros, as vezes podem levar um pedaço de mim. E eles já levaram muitas vezes. Só que o mais chato mesmo de tudo isso, é que esses espaços vazios acabam sendo preenchidos em algum momento, que ninguém sabe onde, nem quando. Até porque tem gente que por mais que se vá para sempre, deixa um pedaço de si comigo que jamais poderá ser apagado. Esse sentimento de perda, dói. Dói muito. Mas toda ferida, um dia cicatriza. E o que vai sempre ficar em mim são as boas lembranças e o desejo mais profundo em meu coração, que todas essas pessoas que já passaram e deixaram marcas tão fortes em minha vida, encontrem pessoas melhores do que eu... Que vão errar também, mas que talvez sejam perdoadas! Porque o amor é paciente. Ele não é egoísta, tudo ele pode superar! Até mesmo as mais longas distâncias, os mais frios sorrisos, ou os abraços, hoje inexistentes, que nunca mais voltarão...
Texto: Monique Santana Foto: Thiago Maia